Com a lateral Katrine e a meio-campista Gabi Morais suspensas por conta das expulsões contra o Juventude, o técnico colorado Jorge Barcellos optou por Lorrany e Pati Llanos, respectivamente. Do lado tricolor, Thaissan Passos teve força máxima à disposição: a goleira Lorena, a zagueira Mónica Ramos e a meia Jessica Peña, preservadas na semifinal, retornaram ao time, e Giovaninha figurou entre as titulares.  

O estádio era do Inter. A pressão era do Inter. A superioridade e as melhores chances eram do Inter. Mas o gol foi do Grêmio. Resumiu-se, assim, os primeiros 50 minutos de decisão no Beira-Rio. Belén Aquino fez jus à cor das arquibancadas e transformou a defesa gremista em um verdadeiro inferno.  

Fixada pelo lado direito, a camisa 11 colorada armou, driblou, finalizou e, até quando conseguiu, recompôs a marcação. Nas bolas paradas, encarregou-se de sempre levar perigo. No início do jogo, viu Raíssa Bahia evitar, embaixo das traves, o gol de cabeça de Lorrany, após sua cobrança de escanteio. O lance se repetiu no final da primeira etapa, com a finalização da lateral indo para fora.  

Belén Aquino também protagonizou lance de dúvida, ao invadir a área e pedir pênalti de Tayla. Andressa Hartmann, de frente para o lance, disse que não houve, apesar da perna esticada da zagueira na direção da atacante.  

O Grêmio tinha “espasmos” ofensivos. Cássia aproveitou erro na saída de bola do Inter e chutou. Tainá pegou em dois tempos. Porém, quando os vestiários já estavam de portas abertas a esperar as jogadoras, a atuação do Inter de Belén Aquino levou um banho de água fria — que, se o contexto fosse o abafamento do dia porto-alegrense, até seria apropriado. Mas, não era o caso.  

Quem abafou a torcida adversária foi Dayana Rodriguez, aos 47 minutos. Shashá bateu cruzado, Bruna Benites não conseguiu afastar e a venezuelana mostrou que, no futebol, o que vale é bola na rede.