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Alertando para diagnóstico precoce do câncer de mama, Caminhada das Vitoriosas reúne 3 mil pessoas em Porto Alegre

Publicada em 21/10/24 às 07:53h - 5 visualizações

por Gabriela Plentz


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 (Foto: Divulgação / Imama)

Com céu azul e ensolarado, a 21ª Caminhada das Vitoriosas coloriu este domingo (20) de rosa na região central de Porto Alegre. Cerca de 3 mil pessoas estiveram no principal evento promovido pelo Instituto da Mama (Imama-RS) como parte da programação da campanha do Outubro Rosa.

A tradicional caminhada saiu do Parque Moinhos de Vento por volta das 10h. Antes disso, milhares de mulheres vestidas de rosa dançaram e cantaram,com direito a trio elétrico, no Parcão. O trajeto percorreu ruas e avenidas como Goethe, Mariante, Vasco da Gama e Osvaldo Aranha até chegar na Redenção.

Participaram da caminhada mulheres que venceram o câncer de mama, aquelas que enfrentam a doença, além de amigos, familiares e simpatizantes da campanha. Assim como as demais atividades que ocorreram durante o mês, o evento busca chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce da doença, mostrando que há cura no câncer de mama, além de motivá-las a realizarem as mamografias. 

— Foi um momento de celebrar a vida e as pacientes que passaram pela jornada do câncer e se curaram. O câncer de mama, uma vez diagnosticado na fase inicial, a chance de cura é superior a 95%. Não podemos permitir que as mulheres continuem morrendo pelo câncer de mama sendo que se trata de uma doença que tem cura — destacou Cíntia Seben, presidente voluntária do Imama.

Projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 73.610 novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil até 2025, o que representaria 41,89 mulheres com a doença a cada 100 mil. Os homens representam 1% de todos os diagnósticos confirmados da neoplasia.

Entenda a doença

O câncer de mama é uma doença agressiva e que leva ao óbito caso não seja tratada corretamente. A neoplasia começa com uma "alteração localizada" em uma célula, explica a mastologista do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e do Grupo Oncoclínicas, Marcelle Morais.

— É uma mutação em uma célula mamária. Essa célula começa a se proliferar de forma desgovernada e tem potencial para se espalhar para estruturas (órgãos) vizinhos — explica.

A doença tem origem a partir do acúmulo de fatores de riscos ao longo da vida. Marcelle ressalta que o primeiro deles é ser mulher. As causas para o desenvolvimento do câncer de mama são divididas em dois grandes grupos:

  • Fatores não modificáveis: idade (mais chances de se desenvolver com o passar dos anos); histórico familiar e herança genética de mutação de genes.
  • Fatores modificáveis: oriundos do estilo de vida, como tabagismo, alcoolismo e uso prolongado de terapia hormonal, por exemplo.

No estágio inicial, os sinais da doença são quase imperceptíveis. Conforme o Inca, os sintomas característicos do câncer de mama são:

  • Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
  • Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
  • Pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Cuidados primários e secundários

Um dos pontos fortes da campanha do Outubro Rosa é a prevenção e o diagnóstico. O cuidado é classificado em dois tipos: primário e secundário.

— A prevenção primária é aquela prevenção que evita a doença. A realização de atividade física regular, manter um controle de peso, evitar o tabagismo, evitar o consumo de bebidas alcoólicas de forma contínua. A prevenção secundária é o rastreamento, identificar uma lesão precursora inicial que não vai ter um grande impacto na vida dessa mulher, que não vai levá-la à morte — explica Marcelle.

A partir dos 40 anos, a mamografia deve ser realizada anualmente, sendo o único capaz de diminuir a mortalidade, reforça a mastologista. O Inca orienta que as mulheres observem e apalpem suas mamas regularmente, em momentos confortáveis, para avaliar possíveis alterações na região:

"Seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias”.

Tratamentos

Há quatro diferentes tipos de câncer de mama. Por isso, não há um tratamento único e as intervenções variam de acordo com a característica da doença.

— Para alguns deles, a gente começa pela cirurgia de retirada do tumor mamário, com mamagem de segurança e ressecção do linfoma de sentinela (nódulo na áxila). Costumo dizer que se a gente encontrar cinco mulheres que trataram câncer de mama, provavelmente nenhuma delas tratou igual a outra — conta Marcelle.

A radioterapia, terapia local para controlar a doença, e a quimioterapia, tratamento sistêmico, são outros métodos utilizados. Ambas têm como foco controlar a incidência de células agressivas do câncer e evitar que elas se espalhem por outros órgãos.

Quando a paciente é diagnosticada no início da doença, há maior potencial de cura. Porém, se já houver metástase – quando o câncer se espalha para outros órgãos –, o tratamento tem como objetivo prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida da mulher.




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