O centro cirúrgico do Hospital Nora Teixeira será inaugurado na manhã desta terça-feira (27), em Porto Alegre. A estrutura recebeu uma doação de R$ 14 milhões da família do empresário Celso Rigo.
Com inauguração em outubro de 2023, o Nora Teixeira faz parte do complexo Santa Casa e foi construído com a contribuição de empresários.
Pacientes particulares e com convênios serão beneficiados com o início das atividades no centro cirúrgico, segundo Fernando Lucchese, diretor-médico do hospital.
— É um bloco cirúrgico moderno, que usa a melhor tecnologia disponível e vai complementar as especialidades e todo o projeto do Nora — resume.
Entre os serviços oferecidos estão cirurgias bariátrica, geral, urológica e traumatológica ortopédica. O primeiro procedimento será na segunda-feira (2), com uma cirurgia para a retirada de um tumor de mama.
Segundo a direção, o centro cirúrgico será importante para um dos objetivos da construção do Nora Teixeira: reduzir o déficit anual de R$ 150 milhões que a Santa Casa tem devido aos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Lucchese, o faturamento mensal do Nora Teixeira está na casa dos R$ 15 milhões; fora os custos da operação, sobram R$ 4 milhões nos cofres da Santa Casa.
O diretor-médico estima que a abertura do bloco cirúrgico significará acréscimo de 20% e 30% na receita.
— A cirurgia é mais cara e mais bem remunerada. O Nora tem um papel importante no aumento do faturamento (da Santa Casa). Com a cirurgia, acreditamos que vamos cobrir completamente o déficit SUS em até três anos — calcula Lucchese.
Serão cinco salas cirúrgicas e 10 leitos de recuperação na nova estrutura. Entre os destaques estão mesas cirúrgicas dedicadas à ortopedia e portas automáticas para acesso e controle por reconhecimento facial.
Também haverá uma sala de congelação para análise de patologia integrada ao bloco cirúrgico, acesso rápido à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e um espaço para espera interna com box individualizado.
O centro cirúrgico recebeu o nome de Família Celso Rigo.
— São investimentos que ficam para o futuro. Ficamos felizes por ter condição de contribuir. Sabemos que é um recurso bem aplicado, que terá bom uso e vai resolver muitas situações de saúde, além de contribuir com o SUS — comenta Celso Rigo.