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Agosto Dourado lembra importância da amamentação para mães e filhos; entenda

Publicada em 19/08/24 às 07:43h - 8 visualizações

por Tatiana Tramontina


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 (Foto: Sul Radio Web)

Fortalecimento físico, conexão entre mãe e filho e combate à mortalidade infantil: esses são alguns dos benefícios da amamentação, a bandeira da campanha Agosto Dourado. A cor serve para alertar sobre a importância do ato e está relacionada ao "padrão ouro de qualidade" do leite materno. 

Apesar da beleza e eficácia do ato, amamentar não é tão simples quanto parece. Enquanto muitos bebês pegam o peito com facilidade, outros demoram até encontrar o ritmo ideal, o que pode causar dor e estresse às mães — em especial àquelas de primeira viagem. 

É o caso da advogada Jéssica Oltramari, que teve o primeiro filho, Antônio, em 2022. Em entrevista a GZH Passo Fundo, ela contou que aguardou o momento da amamentação com ansiedade durante a gravidez e chegou a fazer um curso de gestantes para facilitar o processo. Mas a realidade não saiu exatamente como o esperado.

— A gente só se dá conta da dificuldade que é amamentar quando chega a hora. Eu tinha muito receio do meu filho não conseguir pegar o peito, de não ter leite ou de machucar. Na cabeça da grávida passa mil e um pensamentos — conta.

Moradora de Marau, no norte gaúcho, ela viu o pequeno Antônio pegar o peito na posição correta desde o primeiro dia, mas sentia muita dor na hora da amamentação. Nos primeiros 30 dias após o parto, segurava a mão do marido com força para suportar o ardor. 

— No primeiro mês eu precisava fazer força para deixar meu filho no peito porque doía muito. Depois disso começou a melhorar: eu passei a aproveitar mais o momento e tudo se transformou, foi maravilhoso — disse. 

Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), do Ministério da Saúde, mostram que quase todas as crianças brasileiras foram amamentadas alguma vez e pelo menos metade delas mamou até os 15 meses de vida

Mas, embora expressivos, esses índices ainda estão abaixo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma que bebês devem se alimentar exclusivamente com leite materno até os seis meses e, depois da introdução alimentar, sigam mamando até os dois anos de idade. 

Ao amamentar, as mães liberam ocitocina, conhecida como "hormônio do amor". Esse processo ajuda na recuperação pós-parto, reduz as chances de câncer de mamaútero e ovário e diminui o risco de doenças como diabetes tipo 2, artrite reumatoide, hipertensão e colesterol alto.

Para os bebês, a amamentação traz risco e gravidade menor de diarreia, evitando a desidratação e possíveis internações hospitalares. Além disso, pode diminuir a gravidade dos episódios de infecção respiratória, como pneumonia e bronquiolite. 

— Existem vários benefícios na amamentação, inclusive a longo prazo, como diminuir o risco de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade, além de ter um efeito positivo na inteligência da pessoas e melhorar o desenvolvimento da cavidade bucal — explica a enfermeira e consultora em amamentação Milena Weber Glass. 

Por isso, instituições de saúde de todo o Brasil se mobilizam para a criação de bancos de leite materno, locais que recebem a produção de mães com leite excedente e alimentam crianças que não têm acesso à amamentação. 

No Rio Grande do Sul são nove centros, sendo dois na Região Noroeste, em Santo Ângelo e Ijuí, e nenhum na Região Norte. Cinco ficam em Porto Alegre e outros dois em Rio Grande e Bagé. Não há previsão para a criação de um banco de leite em Passo Fundo, disse a prefeitura. 

Das dores aos olhares incômodos

A dor sentida por Jéssica ao amamentar é comum a outras mulheres que se deparam com o ato pela primeira vez. 

— Em geral, falta conhecimento e informação sobre o assunto, além de falta de apoio, "pega" e posicionamentos (do bebê) incorretos. Também é comum ocorrer problemas mamários, como fissuras. O puerpério, aquele cansaço físico e mental do período após o parto, aumenta ainda mais a dificuldade — explicou Milena. 

Quando a dor se torna suportável e vem o prazer pela amamentação surge outro desafio: a dificuldade em encontrar espaços públicos aptos a receber mães com seus filhos. 

Entre comentários, olhares de reprovação e locais barulhentos, a insegurança e exaustão são sentimentos que podem inibir ou diminuir o fluxo da produção de leite, como explica a enfermeira Milena.

É muito importante que a mãe se sinta confortável no momento da amamentação, seja o local que for. O ideal é procurar sempre um lugar silencioso para amamentar, para que a mãe possa se conectar com o bebê, olhar para ele, sentir o seu cheiro, enfim, se apaixonar por ele e aproveitar este momento único — orienta.

Além de todos os pré-requisitos que o momento exige, o suporte emocional e prático da rede de apoio é imprescindível. Para que o processo da amamentação possa acontecer de forma leve e bem sucedida, a mãe necessita de constante incentivo, não só dos profissionais de saúde, mas também da sua família e da comunidade. 

— Não basta que ela opte pelo aleitamento materno: a mãe deve estar inserida em um ambiente que a apoie na sua opção também — pontuou. 




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