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Destino para a demanda gerada pelo fechamento da maternidade do Hospital Mãe de Deus ainda é incerto

Publicada em 02/08/24 às 07:46h - 13 visualizações

por Bianca Dilly


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 (Foto: ASCOM Cremers / Reprodução)

Com o fechamento do Centro Obstétrico do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, desde a enchente, ainda há incertezas sobre o encaminhamento da demanda que era atendida no local. A previsão de reabertura no primeiro trimestre de 2025 foi novamente sinalizada na tarde desta quinta-feira (1º), em reunião na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers). Porém, até lá, novos ajustes serão necessários.

O encontro contou com a presença de representantes do Cremers, prefeitura de Porto Alegre, Secretaria Estadual da Saúde (SES) e da casa de saúde. Foram tratados o atendimento de pacientes que utilizavam os 18 leitos de maternidade e 10 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal e a demissão de cerca de 50 funcionários da maternidade, além dos impactos da tragédia climática no Mãe de Deus e a busca por fontes de financiamento.

— A sinalização da reabertura e o prazo era o que nós gostaríamos. Isso se conseguiu. Mas além da questão do centro (obstétrico), há a UTI neonatal. O que não se sabe é o quanto impacta para o setor público, que precisa desse leito. O número de pessoas que não encontra maternidade e as gestantes que caem no Sistema Único de Saúde (SUS) são preocupações levantadas pelo município — afirma o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, acrescentando que houve uma tranquilização temporária, mas a busca por alternativas também para os beneficiários de planos de saúde permanece.

Já o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, presente na reunião, aponta que por enquanto ainda não se pode afirmar que parte da demanda será encaminhada ao Sistema Único de Saúde (SUS) da Capital.

— Esperamos que as operadoras de planos de saúde consigam montar estratégia de contingência adequada para absorver essa demanda, não sobrecarregando ainda mais o SUS. Afinal de contas, as pessoas pagam para ter assistência suplementar e têm o direito de receber isso — destaca.

Da mesma forma, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, explica que, na situação específica dos leitos de UTI, a regulação do Estado atua em conjunto com a de Porto Alegre, captando vagas em qualquer unidade disponível no RS.

— E quando há o fechamento de um serviço, o governo do Estado, em conjunto com os municípios e operadores, faz um plano de contingência para remanejar os pacientes para outros serviços. Como quando fechou a maternidade de Viamão e a referência passou a ser Alvorada.

Questionado, o Mãe de Deus, que esteve representado no Cremers por João Baptista Feijó, diretor-executivo da Associação Educadora São Carlos, mantenedora do hospital, informa que mantém a data estimada de reabertura. A instituição ressalta que não tem condições de retomar os atendimentos no espaço no segundo semestre deste ano.

Ainda estiveram na reunião membros de operadoras de saúde, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs), da Sociedade de Pediatria do RS (SPRS) e conselheiros do Conselho Regional de Medicina.




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