O ex-vice-presidente jurídico do Inter Marcelo Castro foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado em um desdobramento da operação que apura irregularidades da gestão 2015 e 2016. Em decisão nesta terça-feira (8), a Justiça considerou o dirigente culpado por apropriação indébita de mais de R$ 1,144 milhão pagos pelo clube ao Sindiclubes. A condenação prevê ainda 270 (duzentos e setenta) dias-multa, fixado o valor do dia-multa em um salário mínimo (piso nacional) vigente à época do fato.
Além de Castro, também foi condenado o ex-presidente do Sindiclubes César Cabral. A Justiça entendeu que Cabral foi usado para receber, indevidamente, o valor proveniente dos cofres do Inter. Marcelo Castro, segundo a investigação, era o destinatário final do dinheiro. Os dois podem recorrer em liberdade.
Esta é mais uma sentença da Operação Rebote, que vem investigando irregularidades na administração do clube.
Em março deste ano, a Justiça condenou dois ex-dirigentes do Inter, também do biênio 2015/2016, além de um representante de empreiteiras, um engenheiro empregado do clube e um contador.
Também alvos da Operação Rebote e denunciados pelo promotor Flávio Duarte, eles desviaram mais de R$ 13 milhões e foram responsabilizados pelos delitos de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Entre os condenados no primeiro semestre deste ano estava o ex-presidente do clube gaúcho na época dos fatos.
Os advogados de Marcelo Domingues de Freitas e Castro foram procurados, mas não retornaram aos contatos de Zero Hora até a publicação da matéria. César Cabral ainda não foi localizado pela reportagem.