O sentimento do Beira-Rio foi de alívio. Da torcida, dos jogadores, da comissão técnica e dos dirigentes. O 2 a 1 de virada sobre o Juventude se transformou em festa na arquibancada, em buzinaço no estacionamento e em cumprimentos pelos corredores. Sair de 16º para 12º, da forma como foi, faz o clube como um todo respirar.
Roger fez questão de enaltecer a força do time para buscar a vitória. Para ele, os jogadores não desistiram enquanto não viraram. E reconheceu que a arquibancada ajudou:
— Mesmo com o revés do primeiro tempo, com as chances, nos mantivemos na partida. É assim que formamos um grupo vencedor. Já vi o Beira-Rio cheio, desta vez tinha menos gente, mas pedi aos atletas que reconhecessem a torcida, que nos ajudou muito. A serenidade da torcida foi o que nos deu serenidade em campo. Quero agradecer a quem veio e também a quem não veio por de repente entender que não conseguiria se portar assim. Isso também é um ato de amor ao clube.
O técnico fez questão de mostrar que está inserido no projeto. Quando perguntado, em tom de brincadeira, pela primeira vitória por "seu time do coração", não entrou no mérito. Mas respondeu com pronome nós para se referir ao Inter, que havia sido eliminado pelo Juventude do Gauchão e da Copa do Brasil quando era comandado por ele:
— A vitória é o começo de um trabalho. Era importante vencer. É o começo de uma estrada que espero que seja muito longa. Quis o destino que fosse contra o adversário que nos tirou de duas competições.
O Inter volta a campo no domingo. No Antonio Accioly, em Goiânia, visita o lanterna Atlético-GO. Nova vitória pode até significar um salto para a primeira página da tabela.
Tudo isso com um ambiente mais aliviado: agora, não faz mais 12 jogos que o Inter não ganha. No recorte atual, são cinco partidas sem perder.