O empate nos acréscimos com o Athletico-PR, no Beira-Rio, não interrompeu a sequência de 12 jogos sem vitória do Inter, mas ao menos garantiu um pontinho que significou subir uma posição na tabela, de 16º para 15º, às portas do Z-4. Depois de sair ganhando com Wesley, levou a virada, mas Wanderson empatou em 2 a 2 uma partida que parecia perdida, pela 22ª rodada do Brasileirão. Mas o resultado não impediu uma mudança drástica no departamento de futebol.
Após o jogo, o presidente Alessandro Barcellos informou que Magrão foi demitido do cargo de diretor esportivo. O dirigente vinha sofrendo pressão com resultados e também nas redes sociais, a partir de postagens do jornalista Thiago Suman, que citavam possível interferência dele em contratações, o que foi negado pelo dirigente.
Nas últimas semanas, Magrão tem sido impactado nas redes sociais por acontecimentos de sua vida antes do Inter e até ataques à família. Isso nos fez perceber que isso afetou o trabalho dele. Esse impacto tira o brilho, o foco de um profissional tão importante do departamento de futebol. É compreensível, mas diante da falta de resultados, é importante que ele tenha condições de se defender de tudo sem que isso seja uma pauta que atrapalhe o nosso dia a dia. Entendemos que era hora de encerrar o ciclo — declarou Barcellos.
O clube agora vai atrás de reposição. Inicialmente, o departamento sofrerá um rearranjo de peças. Mas novos profissionais serão buscados.
A situação mudou completamente nos últimos dois meses. Desde a vitória no Gre-Nal de Curitiba, quando parecia que a equipe engrenaria, não ganhou mais nem um jogo sequer. Saiu da ponta de cima da tabela para mirar a zona de rebaixamento. Trocou treinador. E pouco foi alterado.
Roger, desta vez, não pode reclamar de tempo. Ele teve uma semana de preparação para enfrentar o Palmeiras. Empatou. Mais uma semana para encarar o Athletico-PR. Empatou de novo. Ambos no Beira-Rio. Agora, contra seu ex-time, tentar vencer sua primeira partida na casamata colorada. Três pontos, o que ainda não ocorreu desde a chegada do técnico, distensionariam o ambiente.
— Foi uma semana atípica dentro do que tínhamos planejado, com as chegadas e saídas, mais perto do jogo, tivemos outro panorama. Mas temos de trabalhar com esse cenário, ainda mais com a janela aberta. Estamos com instabilidade, e só os resultados podem amenizar — comentou o treinador.
Ele considerou bom o primeiro tempo e entendeu como positivo o fato de o time se "indignar" para buscar o empate nos acréscimos. Houve, em sua análise, evolução física. Para Roger, o time evoluiu em alguns aspectos, mas que a instabilidade tem feito "a bola queimar" em determinados momentos, mesmo jogadores mais experientes.
— Falei aos atletas que sairemos deste momento não fazendo coisas complexas, mas o simples. Agora vamos corrigir os erros para quarta-feira, escolher bem os 11, principalmente na lateral direita, que estamos sem alguém do ofício, mas vamos acreditar que só os atletas e a comissão técnica podem dar a resposta que a torcida merece — completou Roger.
A próxima chance é quarta-feira, contra o rival que mudou a realidade do Inter na temporada. Para esse jogo, o time pode contar com Bruno Tabata, que foi anunciado neste domingo e será apresentado na segunda-feira (12).