O Beira-Rio tem sido um cemitério de sonhos para o Inter. Pela 10ª vez desde 2019, a sexta desde que o grupo atual começou a ser montado, caiu em casa em uma disputa de mata-mata. Agora, no playoff da Copa Sul-Americana.
Precisando vencer o Rosario Central após a derrota na partida de ida, o time ficou no 1 a 1 (gol de Alan Patrick no segundo tempo) e está fora da competição na estreia em casa de Roger Machado. Com a queda precoce também na Copa do Brasil, foi eliminado de tudo. Resta apenas o Brasileirão, cujo cenário atual apresenta 20 pontos de diferença para o líder Botafogo e quatro acima da zona de rebaixamento (com quatro jogos a menos).
A partir de agora, resta apenas a competição nacional. Enfrenta o Bahia no sábado sua 15ª partida pelo campeonato. Terá espaço no calendário, mas lida com a pressão ainda maior na sequência da temporada.
Contra o Rosario Central, a torcida que foi em bom número ao Beira-Rio apoiou até o encerramento. Mas depois do apito final, perdeu a paciência. Alguns passaram dos limites e tentaram invadir o campo e acabaram contidos. Houve protestos do lado de fora.
— São eliminações que deixam feridas no nosso grupo. Nossa vida, assim como foram as palavras do Roger no vestiário, requer recomeçar o mais rápido possível. Daqui a quatro dias já tem jogo novamente. Temos de encontrar soluções para virar a chave. Conversar para acertar o que temos de melhorar, cobrar. Temos falado bastante, ultimamente tem custado muito caro um erro nosso. É difícil encontrar resposta. Assim como o torcedor, também estamos frustrados. O vestiário está com clima de velório. Temos de encontrar soluções para produzir mais e voltar a vencer — definiu Alan Patrick.
Roger Machado completou:
— É doloroso para todo mundo, para um comandante que chega e começar com eliminações. Do ponto de vista emocional, a atmosfera do estádio cheio nos permitiu competir com o adversário. Tentei criar alternativas pensando em um adversário mais fechado, procurar profundidade no último terço. Mas aos 20 minutos eles acharam o gol em um rebote de bola parada. O time sentiu emocionalmente.
O treinador explicou que tentou mudar o time do lado esquerdo para dar mais equilíbrio entre as profundidades.
— Tivemos volume, mas não conseguimos transformar em oportunidades. Não foi o suficiente. Fizemos o que estava ao nosso alcance dentro do momento que estamos passado. Vamos entender a torcida, agradecer o incentivo e lamentar a eliminação que era importante.
Agora, resta ao Inter apenas o Brasileirão. No sábado, visita o Bahia em Salvador. Se a tabela não for alterada, receberá na sequência o Palmeiras. E a retomada na competição é urgente já que o time está na segunda metade da tabela — lembrando que serão cinco jogos a menos com a rodada de quarta-feira.