Questionado sobre a pressa do clube em contar com um novo comandante e se este chegará até domingo (14), quando o Inter define sua vida na Copa do Brasil contra o Juventude, na Serra, Barcellos respondeu:
— Vamos trabalhar (para ter um novo técnico já no domingo). Mas não vamos fazer nenhuma contratação afobada a ponto de a gente correr riscos. O Campeonato Brasileiro ainda tem dois terços pela frente, nós acreditamos que vamos pontuar muito, subir muito e brigar lá em cima. Portanto, vamos ter o cuidado para não fazer nada precipitado.
O presidente colorado evitou citar nomes que podem assumir o comando técnico da equipe, mas prometeu que o clube já tem um perfil previamente estabelecido pelo departamento de futebol.
— A contratação de um treinador vai obedecer a critérios técnicos e não de custos. Nós vamos trabalhar, precisamos ter um comando à altura do grupo que montamos. Isso com a realidade do futebol brasileiro. A gente já tem, pelo histórico, um banco de dados importante, onde tem ali todas as características dos treinadores, como eles trabalham e montam suas equipes, um material extremamente técnico, que nos ajuda muito a filtrar, naquele modelo que a gente entende que o Inter procura — explicou o Barcellos, que completou dizendo:
— Seguimos procurando um modelo, ainda que talvez não tenha tanta intensidade, pois o calendário vai nos matar, e eu não vejo nenhum time brasileiro jogando com intensidade. A gente vai ter que olhar para isso. Vamos tentar acertar, pois não temos tempo para errar.
No Brasileirão, o Inter, em 13 jogos, soma 19 pontos — 18 a menos que o líder. O Colorado ocupa, atualmente, a 11ª colocação da tabela da competição, cuja, desde o início do ano, foi tratada como prioridade pelo clube.
Alessandro Barcellos garantiu que essa segue sendo a prioridade da equipe na temporada, mas destacou o contexto pós-enchente como dificultador na briga pelos objetivos. Ainda assim, prometeu esforço máximo para que o Inter alcance a disputa pelo título.
— Nosso objetivo imediato é recompor o departamento de futebol e buscar a classificação na Copa do Brasil e na Sul-Americana. Nós planejamos brigar pelos títulos. Montamos uma equipe para isso. Se o ano começasse de novo agora eu repetiria a mesma frase: 38 finais no Brasileirão. Aconteceram inúmeros fatores que dificultaram esse início. Hoje a distância é significativa, mas foi só um terço do campeonato. Não estou aqui prometendo nada, mas também não vamos jogar a toalha. Nós vamos poder jogar na nossa casa e queremos mudar esse ambiente do Beira-Rio, esse também é um fator importante. As mudanças que estamos fazendo acontecem com um olhar técnico e tático, mas também anímico. E com esse anímico vamos disputar o campeonato até a última rodada.