Clicada por Thereza Eugênia, fotógrafa que registra há décadas os principais acontecimentos da música brasileira, a imagem acima flagra Ney Matogrosso nos bastidores do show Bandido, estreado em 1976 com base no álbum que o cantor lançou naquele ano e que fez sucesso com a música Bandido corazón (1976), presente de Rita Lee (1947 – 2023).
A foto integra a exposição Ney Matogrosso, programada para ser aberta para o público em 21 de fevereiro no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo.
Com curadoria de André Sturm, diretor geral do MIS, a mostra celebra os 50 anos da carreira solo iniciada pelo cantor em março de 1975 com a estreia do primeiro show individual de Ney, O homem de Neanderthal, e a edição do álbum solo Água do céu-pássaro um ano após a turbulenta saída do artista do trio Secos & Molhados em agosto de 1974.
Estruturada em seis áreas, a exposição Ney Matogrosso refaz o percurso cronológico da obra do artista desde a chegada do cantor a São Paulo (SP) em 1971 – e a posterior admissão no grupo Secos & Molhados, com o qual Ney foi projetado em escala nacional e virou popstar em 1973 – até a edição do último álbum solo do artista, Nu com a minha música, lançado em 2021.
A mostra exibe toda a indumentária usada em shows apresentados pelo cantor da década de 1970 aos anos 2000 – acervo que totaliza mais de 200 itens que vão de calçados à adereços de cabeça, passando por figurinos – entre documentos, capas de álbuns, posters e fotos de todas as fases da carreira do artista.
Os textos da exposição Ney Matogrosso são do jornalista Julio Maria, autor do livro Ney Matogrosso – A biografia (2021), lançado há quatro anos.