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Batidão pop tropical de Pabllo Vittar eletriza Fortaleza ao fim do voo mais longo e diverso do Festival Zepelim

Publicada em 26/08/24 às 11:28h - 11 visualizações

por Mauro Ferreira


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 (Foto: Lukas Sá / Divulgação Festival Zepelim 2024)
“Fortaleza!!!”. Eram quatro horas da madrugada de domingo, 25 de agosto, quando a voz de Pabllo Vittar ecoou luminosa no Palco Sol do Festival Zepelim. A cantora maranhense era a última das 13 atrações da terceira edição do festival que, desde o fim da tarde de sábado, arrastara cerca de 15 mil pessoas para a área externa do Marina Park Hotel na capital do Ceará. Grande parte do público permanecera no espaço para ver o show de Pabllo Vittar e a cantora fez jus à expectativa da resistente plateia.

A artista eletrizou o púbico do Zepelim 2024 com Batidão tropical, show com que Pabllo vem percorrendo o Brasil em turnê iniciada em abril. Na programação do festival, Pabllo Vittar foi a pessoa certa no lugar certo – Fortaleza (CE), terra natal de várias bandas e ouvintes de forró eletrônico – com o som certo.

Em essência, Batidão tropical é show pop de forró estilizado e amplificado com batidas e levadas eletrônicas das músicas nordestina e paraense do século XXI.

Bisando a abertura do álbum Batidão tropical vol. 2 (2024), lançado em 9 de abril, Pabllo iniciou o show com Pra te esquecer (Irlone Ramos dos Santos, 2003), sucesso da paraense Banda Calypso.

Ao longo de 23 números que totalizaram uma hora e dez minutos de show, Pabllo Vittar bateu cabelo, acompanhou o passo frenético dos bailarinos, invadiu um dos cantos do vizinho Palco Mar e se jogou na plateia – na música Eu vou ((Weber, Maffalda, Zebu e Rodrigo Gorky, 2020) – sem jamais perder o pique.

A cantora seguiu roteiro que transitou entre o norte e o nordeste do Brasil. Ai ai ai mega príncipe (Alde César e Dj Deyvid, 2009), sucesso da paraense Banda Batidão, mescla batidas de tecnobrega e tecnomelody com o balanço do forró na versão de Pabllo.

O show fluiu bem e, no Palco Sol, o repertório de Batidão tropical ganhou mais vida do que no disco por conta da performance elétrica da artista. Foi difícil resistir ao refrão sedutor de São amores (2007), sucesso da banda cearense Forró do Muído, por exemplo.

O roteiro também abarcou músicas do primeiro volume do álbum Batidão tropical, de 2021, como Triste com T (Arthur Marques, Rodrigo Gorky, Maffalda, Pablo Bispo, Zebu, Matheus Santos, 2021), Zap zum (Ari Carvalho e Isaac Maraial, 2005) e Bang bang (Ari Carvalho e Edu Luppa, 2005), estas três apresentadas em sequência, sendo que as duas últimas são hits da banda paraense Companhia do Calypso.

Música também revivida por Pabllo no primeiro Batidão tropical, Ultra som (2009) – sucesso da banda paraense Ravelly – turbinou o show com a batida do rock antes do fim apoteótico com Não desligue o telefone (Tony Guerra, 2006), música lançada pela banda cearense Forró Sacode e também conhecida na gravação de 2009 da banda baiana de tecnobrega Djavú.

Com a voz, a presença e o carisma de Pabllo Vittar, o batidão pop tropical da artista espantou o sono ao fim do dia e do voo mais longos da história do Festival Zepelim.

♪ O colunista do g1 viajou a Fortaleza (CE) a convite da produção do Festival Zepelim.




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