Começou nesta quinta (20), às 17h51, o inverno, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e se estende até 22 de setembro. No hemisfério Sul, o sol incide perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer e é chamado inverno austral. Enquanto no hemisfério norte é vivenciado o verão. É graças à intensidade dos raios solares, explicada pela posição da terra em relação ao sol, que o hemisfério encontrado no período do inverno apresenta noites mais longas e dias mais curtos. Isso ocorre porque, nessa época do ano, esse hemisfério recebe menos raios solares.
Aqui no Brasil, a estação será de dias quentes e secos como foi o outono. “Teremos um inverno bem quente, assim como foi o outono. A tendência é de temperatura acima da média nos três meses, especialmente com o Sudeste e Centro-Oeste com persistência de marcas acima do normal”, analisa Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo. Segundo ele, dois fatores são os responsáveis pelas temperaturas anormais e chuvas irregulares:
- Persistência dos Bloqueios Atmosféricos, que faz com que um número menor de massa de ar frio consiga avançar para o interior do país.
- Águas aquecidas do Oceano Atlântico, que interferem na atmosfera, mudando os padrões esperados para o inverno com atuação do fenômeno La Niña, que em geral traz frentes frias mais fortes.
Os efeitos mais evidentes é a umidade baixa. O tempo seco é outro fator que favorece ondas de calor entre agosto e outubro.
Na região Sul, em razão dos frequentes bloqueios atmosféricos atuando na região Central e leste do Brasil, durante o inverno, há possibilidade de chuvas volumosas especialmente sobre o Rio Grande do Sul. Em consequência do La Niña, a tendência é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados. “As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de Santa Catarina e no oeste e norte gaúcho entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal pode ocorrer no sul e leste do RS em julho”, acrescenta a empresa de meteorologia. Ainda, segundo ela, áreas do oeste norte do Paraná deverão ter menor chance de chuvas, com volumes abaixo da média durante os meses de julho, agosto e setembro. “O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe o risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro”, projeta a Climatempo. Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina, e em torno da média no RS.