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Após enchente afetar comunidade acadêmica, UFRGS adota aulas remotas em alguns cursos; entenda

Publicada em 08/07/24 às 07:41h - 11 visualizações

por SOFIA LUNGUI


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 (Foto: Sul Radio Web)

Após dois meses de aulas suspensas por conta da enchente de maio, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) voltou às atividades na última segunda-feira (1º). No entanto, com os impactos da tragédia climática, não foi possível retomar as aulas de forma presencial em todos os cursos de graduação.

Algumas unidades adotaram a modalidade remota, tendo em vista dificuldades de deslocamento e o cenário de incertezas. Cursos como Direito, Licenciatura em História e Saúde Coletiva estão tendo aulas remotas provisoriamente.  

Segundo a instituição, com a situação de calamidade pública no RS, foram adotadas as Normas Educacionais Excepcionais (NEE), aprovadas pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) em junho. A resolução permite, entre outras medidas, a realização de atividades pedagógicas não presenciais, em complementação às aulas presenciais, com o objetivo de dar seguimento ao calendário acadêmico. 

Em maio, o Ministério da Educação (MEC) também divulgou parecer autorizando a flexibilização dos calendários das escolas e universidades, bem como a adoção da modalidade a distância. A medida busca garantir os objetivos de aprendizagem sem prejudicar o ensino.


Consequências da enchente 

Em nota, a UFRGS informou à reportagem que foram realizados levantamentos junto à comunidade acadêmica, durante o planejamento da retomada das atividades, de modo a mapear o impacto sofrido pelos servidores e alunos e suas necessidades. Muitas pessoas ficaram com limitações de transporte, sem acesso a água e energia elétrica, ou abrigados fora de suas residências, entre outras situações adversas geradas pela tragédia climática.  

Contudo, entre os estudantes, a adesão à pesquisa foi baixa. Conduzido pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFRGS (Prae) e pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o levantamento obteve 3,2 mil respostas, em um universo de 25,4 mil alunos matriculados na instituição. Mais de 2,2 mil respondentes sinalizaram que foram afetados pelas cheias. 

Entre as reivindicações dos estudantes, foram citadas questões como flexibilização das atividades letivas, apoio psicológico e auxílio para permanecer na cidade do campus. Já os servidores apontaram como necessidades suporte psicológico e oferta de atividades voltadas à saúde mental, e questionaram sobre a possibilidade de flexibilização de prazos e teletrabalho, entre outras questões. 

O levantamento junto aos servidores foi conduzido pela Superintendência de Gestão de Pessoas da UFRGS, com adesão de 50% a 74% dos servidores da universidade, que varia conforme as perguntas. Ambas as pesquisas foram aplicadas durante o mês de maio.


Cenário varia em cada unidade 

Embora a UFRGS continue com um único calendário acadêmico que rege as atividades de todas as suas 29 faculdades, após a enchente, há divergências entre as unidades em relação à modalidade de ensino. Conforme os estudantes, o cenário é semelhante ao período da pandemia. 

— É complicado porque não teve uma orientação geral, não sabemos nem como vai ser daqui a duas semanas. A realidade dos estudantes é muito complexa. Tem professores que decidiram retomar as aulas presenciais e aplicar prova, tem outras unidades que fizeram consulta com os alunos para entender se o melhor era voltar presencial, híbrido ou remoto. Seria importante ter esse olhar, entender a situação de cada um — argumenta a aluna Niara dy Luz, 26 anos.

Estudante do 4º semestre da graduação em Saúde Coletiva, curso que era 100% presencial antes da enchente, ela conta que, neste primeiro momento, optou-se por voltar às aulas na modalidade remota com aulas síncronas, em função das dificuldades dos alunos. A decisão foi tomada após diálogo com os estudantes da unidade

O curso conta com disciplinas no prédio da Escola de Administração, um dos únicos da UFRGS que teve sua estrutura gravemente atingida. Houve processo semelhante no curso de Direito, que também está tendo atividades a distância, no momento. Conforme a estudante Camille Tocchetto, pelo menos até o final de julho, o curso deve permanecer neste formato. 

Outro caso é o curso de Licenciatura em História, que também era presencial e passou a ter encontros remotos de forma síncrona, após diálogo com os estudantes. Segundo a aluna Luiza Ramos, 23 anos, o principal desafio, no momento, é para quem teria de fazer estágio. Ela está no 7º semestre. 

— Os professores foram muito atenciosos, houve esse momento de escuta. O problema é a disciplina de estágio. Voltamos a ter encontros presenciais, mas teríamos que ter dado aula nestas semanas que passaram. O estágio precisa ser em escolas públicas, e agora as escolas vão entrar em recesso. Acho que vou precisar cancelar a disciplina e fazer no ano que vem, para conseguir cumprir a carga horária obrigatória de estágio — explica. 

Questionada, a instituição não respondeu se há previsão de retomada das atividades presenciais, no caso dos cursos que estão tendo aulas remotas. O primeiro semestre deve se encerrar no dia 31 de agosto. Vale lembrar que a instituição confirmou, na semana passada, um novo calendário acadêmico. O segundo semestre letivo começa no dia 23 de setembro e se estende até 18 de janeiro de 2025




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