O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo nesta sexta-feira (17) para a União se manifestar sobre o pedido de extinção da dívida do Rio Grande do Sul.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul (OAB-RS) pediu a extinção integral das parcelas pendentes devido aos danos provocados pela enchente que assola o Estado.
A entidade de advogados pede "solidariedade federativa" e afirma que a extinção da dívida seria uma medida de "humanidade" diante da devastação causada pela chuva no Estado.
O governo federal suspendeu a dívida por 36 meses, para ajudar o Rio Grande do Sul a se reerguer, mas a OAB defende que a medida não é suficiente e cobra uma "solução estruturante".
O governador Eduardo Leite (PSDB) também afirmou publicamente que a suspensão das parcelas não é suficiente, pois será preciso pensar em "soluções mais perenes" para o Estado.
Nesses 36 meses, não haverá incidência de juros sobre o estoque de dívida. O Rio Grande do Sul deixará de pagar R$ 11 bilhões à União, que serão destinados a um fundo para a reconstrução do Estado, segundo a proposta anunciada.
Fux só vai tomar uma decisão após ouvir a Advocacia-Geral da União (AGU).